terça-feira, 7 de setembro de 2010

Serra apela para a fraude e o estelionato

Por Luís Alberto Ferreira

     Há cerca de uma semana foi iniciada a campanha eleitoral no rádio e na televisão. Em posição de grande desvantagem na corrida presidencial, os demos/tucanos resolveram apelar. Passaram a veicular imagem de Lula em seu programa na televisão para disseminar a idéia de que José Serra e não Dilma tem o apoio do presidente mais popular da história da República. Tudo com o objetivo de ludibriar os eleitores mais ingênuos e desavisados, o que constitui uma verdadeira fraude e configura estelionato eleitoral.
     Não bastasse a vilania de tentar enganar os eleitores em seu programa de televisão, a campanha de Serra utiliza um homem com a voz semelhante ao Presidente da República no programa de rádio e seu jingle menciona o nome de Lula da Silva afirmando que depois dele é a vez do Zé, esquecendo que há oito anos vem atacando o presidente e como se não fosse oposição. Mas o povo não esqueceu. Essas atitudes vis demonstram o desespero de um candidato que não tem programa de governo ou soluções para os problemas do povo brasileiro. Até a mídia que o apóia repudiou tal expediente, talvez já abandonando sua candidatura. Não por acaso, a vantagem de Dilma para o tucano aumentou para 17 pontos percentuais após o início do programa eleitoral no rádio e na televisão.
     Por mais que o demo/tucano Serra tente esconder, os brasileiros sabem que ele representa a continuação do governo FHC, de triste memória. Um governo que entregou a Vale do Rio Doce e a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), entre outras grandes empresas, a preço de banana para os capitalistas estrangeiros. Um governo que deixou milhões de brasileiros desempregados com sua política de desnacionalização e entrega do patrimônio público. O próprio FHC confirmou, em entrevista à edição eletrônica da revista Veja, que Serra foi um dos maiores incentivadores da privatização da Vale.
     A Petrobrás seria a próxima empresa a ser privatizada pelos demos/tucanos e por Serra caso Lula não tivesse sido eleito em 2002. A Refap já havia sido entregue à Repsol YPF, empresa de capital espanhol. O processo de privatização da Reduc já estava pronto no BNDES. Hoje estaríamos lamentando a entrega das refinarias, terminais e plataformas ao capital estrangeiro e a perda de nossa soberania no setor petróleo. O mais incrível é que dentro da categoria petroleira ainda há os irresponsáveis que pregam o voto nulo, mas esses não fazem história.
     O que o povo brasileiro quer é uma eleição limpa, em que os candidatos à presidência discutam os problemas do país e proponham as soluções. Os brasileiros querem saber o que cada um dos candidatos representa, sem meias verdades ou mentiras. Dilma é nacional-desenvolvimentista, defende o Estado como indutor do desenvolvimento e é a verdadeira sucessora de Lula. Serra, por sua vez, precisa dizer em sua campanha que é neoliberal, que defende as privatizações e o Estado mínimo. Mas a fraude e o estelionato parecem fazer parte da sua própria personalidade.

     Artigo publicado em 1º de setembro de 2010 no informativo Unidade Nacional nº 195 do Sindicato dos Petroleiros de Duque de Caxias - Sindipetro Caxias.

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