terça-feira, 24 de maio de 2011

A privatização à espreita: Reichstul queria mudar o nome da Petrobrás

   Os privatistas e entreguistas das riquezas nacionais continuam dando expediente no Planalto. O ex-presidente da Petrobrás no governo FHC, Henri Philippe Reichstul, de triste lembrança, foi convidado para compor a Câmara de Políticas de Gestão, órgão vinculado à Casa Civil que terá por objetivo dar conselhos para melhorar a gestão e reduzir os custos do governo. Parecem ter esquecido o papel preponderante dessa personagem na tentativa de privatização da Petrobrás.
     Henri Philippe Reichstul ficou conhecido como o presidente que chegou a mudar, em 28 de dezembro de 1999, o nome da Petrobrás para Petrobrax com o objetivo, segundo ele e os tucanos privatistas, de internacionalizar a marca da empresa. No fundo, queria quebrar a identidade da Petrobrás como empresa brasileira, alterando seu nome e sua logomarca, a fim de facilitar a privatização. Pressionado pela mobilização dos trabalhadores e pela opinião pública, que ficou indignada, o próprio FHC recuou da decisão e determinou o cancelamento da mudança.
     Reichstul também foi responsável pela venda de 30% da Refinaria Alberto Pasqualini (REFAP), no Rio Grande do Sul, para a espanhola Repsol. Não bastasse isso, foi na gestão de Reichstul que ocorreram algumas das maiores tragédias da história da Petrobrás, como o afundamento da P-36, que causou a morte de 11 petroleiros, e os acidentes ambientais que levaram à contaminação da Baía de Guanabara e do Rio Iguaçu, no Paraná, com milhões de litros de óleo.
     Trazer uma figura como essa para o centro do governo é esquecer um capítulo importante da história recente do Brasil. Os petroleiros, que são “a pátria de capacete e macacão", jamais esquecerão!

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