sábado, 28 de maio de 2011

Acidente fatal na Revap expõe risco nas refinarias da Petrobrás

A fumaça do incêndio (registro feito com telefone celular)
     O acidente que matou um trabalhador e feriu outros dois no dia 17 de maio na Revap (Refinaria Henrique Lage), em São José dos Campos, São Paulo, escancara o que os sindicalistas de Duque de Caxias há tempos afirmam: a Petrobrás vem aumentando a produção de derivados a qualquer custo, inclusive vidas humanas, para atender a crescente demanda interna. Com isso, as refinarias viraram verdadeiros campos minados em que os acidentes se sucedem.
    A ordem na Petrobrás é aumentar a produção para evitar a importação de gasolina e diesel, enquanto as novas refinarias em construção não entram em operação, o que ainda vai demorar. Os gerentes das refinarias se esforçam para cumprir a ordem. Fazem as unidades produzirem mais do que a capacidade projetada. O resultado é um incomensurável aumento do risco de acidentes e são os trabalhadores que suportam as consequências. No caso do acidente da Revap, a causa determinante para a ocorrência possivelmente foi a pressa em produzir diesel.
     O acidente na Revap ocorre um dia após o diretor de Abastecimento e Refino da Petrobrás, Paulo Roberto Costa, anunciar que as 11 refinarias da empresa no país estão operando com 90% de sua capacidade instalada para fazer frente à crescente demanda por combustíveis. Em palestra no Rio de Janeiro, Costa informou que houve um acréscimo de 114 mil barris a mais nos três primeiros meses deste ano em comparação ao primeiro trimestre do ano passado.
O acidente
     Um trabalhador morreu e outros dois ficaram gravemente feridos em uma explosão seguida de incêndio na Unidade de Hidrotratamento de Diesel da Revap. O acidente matou o trabalhador Reginaldo Saraiva de Souza, de 32 anos, que teve o corpo completamente carbonizado e só foi retirado do local quatro horas após a ocorrência.
     As vítimas, que trabalhavam como montadores de andaime, são funcionários da empresa LM Comércio e Manutenção Industrial, contratada pela Petrobrás. Os dois feridos, Raimundo Nonato de Souza Silva e Osvaldo Mendes do Nascimento, foram levados para a unidade de tratamento de queimados da Santa Casa de São José. Um deles teve metade do corpo queimado e foi encaminhado para a Unidade de Tratamento Intensivo do hospital. O outro sofreu queimaduras no rosto.
Matéria com informações da página O Portal do Vale na internet.

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