Por Luís Alberto Ferreira*
Para o bem da classe trabalhadora e dos movimentos sociais, a candidata do campo popular e democrático venceu a eleição presidencial de 2010. Dilma Rousseff será a nova presidente do Brasil a partir de 1º de janeiro de 2011, substituindo Luiz Inácio Lula da Silva, o melhor presidente da história da República. No Planalto, pela primeira vez, uma mulher tomará a direção de um país que ainda precisa se desenvolver e reduzir a desigualdade social.
Mas o que a vitória de Dilma representa para os trabalhadores? Significa que haverá diálogo com os trabalhadores e respeito à sua representação, constituída por sindicatos, federações, confederações e centrais sindicais, o que certamente não ocorreria se o vitorioso fosse o seu adversário na eleição. Outra questão: os trabalhadores vão ter conquistas automáticas? Não. Os trabalhadores vão ter que continuar na luta para avançar e conquistar. A diferença é que vão continuar a ter voz e influência para aprofundar as conquistas dos últimos oito anos.
A verdade é que os trabalhadores terão muitos desafios pela frente, como lutar pela jornada de 40 horas de trabalho semanais, proposta da Central Única dos Trabalhadores (CUT) em campanha desde 2009. Outro desafio será aumentar a massa salarial que no Brasil é de cerca de 40% do Produto Interno Bruto (PIB), enquanto na Europa os salários representam em média 65% do PIB, segundo dados do DIEESE, sobretudo aumentando os salários mais baixos e o salário mínimo a fim de reduzir ainda mais a desigualdade social. Ocorre que esse aumento dos salários tem que ser sustentável, ou seja, tem que vir acompanhado de um aumento da produção de bens e serviços e de investimentos em infraestrutura (estradas, ferrovias, portos, aeroportos, energia etc.) para não haver risco de que esse aumento seja consumido pela inflação.
Para o Brasil, a vitória de Dilma representa a preservação do patrimônio público e da nossa soberania, consubstanciada na garantia de que empresas como Petrobrás, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Furnas, entre outras, não serão entregues a preço de banana e que o petróleo do pré-sal será explorado em benefício do povo brasileiro. Representa a garantia de que o país, como disse Chico Buarque, “não vai falar grosso com o Paraguai e a Bolívia, nem vai falar fino com os Estados Unidos”.
Por fim, para os petroleiros a eleição de Dilma representa a manutenção dos investimentos da Petrobrás na construção de plataformas e navios no Brasil, ampliação de terminais e refinarias e a exploração da camada pré-sal, o que garantirá cada vez mais oportunidades de emprego e geração de renda para os brasileiros de todas as regiões do país.
*Publicado no informativo Unidade Nacional nº 210 do Sindicato dos Petroleiros de Duque de Caxias em 08 de novembro de 2010.
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