quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Um roteiro de ações para a Segurança do Trabalho

Por Giovani Savi*

     A Previdência Social, a partir da lei que institui o FAP (Fator Acidentário de Prevenção), que significa a possibilidade de majoração da tarifa paga pelas empresas de acordo com o CNAE (Classificação Nacional de Atividade Econômica), fará com que elas tenham  um custo maior se tiverem mais acidentes.
     As empresas muitas vezes não sabem o que fazer para diminuir ou evitar acidentes. É comum a adoção de procedimentos que parecem servir para tudo como os EPI´s e treinamento. Estes procedimentos são importantes porém destaco que deveriam estar encadeados em uma seqüência lógica e combinados com outros procedimentos.
     Cada caso é um caso a ser analisado e não há uma solução geral que funcione sempre. A elaboração de um projeto de prevenção de acidentes integrado à gestão de Segurança do Trabalho de cada empresa seria uma condição ideal.
     O maior problema neste sentido é que nem todas as empresas disponibilizam ou tem recursos suficientes para tal nível de organização na área de Segurança do Trabalho. Muitas delas não possuem enquadramento para que tenham um profissional de Segurança do Trabalho trabalhando dentro da empresa, mas possuem riscos que muitas vezes se encontram fora de controle. Destaco um pequeno roteiro a ser cumprido, porém lembro que deve ter o acompanhamento de um profissional de Segurança do Trabalho:

1- Sempre que acontecem acidentes eles devem ser investigados mesmo que não causem lesões ou prejuízos materiais. A análise das proteções coletivas e de máquinas é fundamental nesta fase. O objetivo desta investigação deve ser conhecer as causas do acidente e propor soluções;

2- A investigação do acidente deve gerar um relatório com soluções possíveis para o controle das causas do acidente e um cronograma de implantação destas soluções;

3- Devem ser avaliados se os Equipamentos de Proteção Individual do setor estão realmente adequados para controlar os riscos daquela área. Se preciso devem ser substituídos imediatamente;

4- Tendo os equipamentos adequados os funcionários devem ser treinados sobre as praticas seguras a serem adotadas no ambiente de produção;

5- Deve haver uma conscientização contínua sobre as práticas seguras e um monitoramento de seu cumprimento, caso contrário não terá valor nenhum o esforço de empresa até esta etapa;

6- Deve ocorrer um  monitoramento periódico da empresa levantando causas que possam gerar acidentes e sempre que necessário voltar a etapa 2 do roteiro e atuar de forma preventiva.

     A empresa deve sempre se antecipar aos riscos e desta forma evitar acidentes e custos desnecessários. Os custos com Segurança do Trabalho se pagam ao longo do tempo.

*O autor é consultor em Segurança do Trabalho.

     Matéria publicada em 15 de fevereiro de 2011 no Blog do Trabalho – blog.mte.gov.br

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