Por Normando Rodrigues*
Boa parte da categoria petroleira que trabalhou ou trabalha em unidades gerenciadas por norte-americanos já vivenciou o autoritarismo típico daquela cultura, o qual chega às privadas. São diversos os incidentes provocados pelos “gringos”, ou por brasileiros que elegeram aquela insana sociedade como modelo, envolvendo o tempo que o trabalhador leva no banheiro.
Em mais de um caso, chegaram a determinar que as portas dos reservados fossem retiradas, para expor quem os usava. Isso não é privilégio do Brasil. Petroleiros noruegueses contam que no início da exploração do Mar do Norte, na segunda metade dos anos de 1960, os norte-americanos eram a maioria dos gerentes, e que nessa época os “gringos” fizeram o mesmo por lá, pois os noruegueses costumam levar livros para as privadas.
Aqui tais incidentes ainda são corriqueiros, infelizmente, agredindo a privacidade dos trabalhadores. Em julgamento no dia 30 de novembro de 2010 (AIRR 6740.31.2006.5.01.0027), uma empresa de telemarketing foi condenada pelo TST a reparar danos morais decorrentes de seu controle do tempo de uso dos banheiros, considerado vexatório e agressivo à dignidade pessoal dos trabalhadores.
De volta aos noruegueses, ouvimos deles que aprenderam com os norte-americanos a não reproduzir seus erros no gerenciamento de pessoas e no processo de exploração e produção em alto mar. Disse-nos um dirigente sindical norueguês que os “gringos” alegavam um conhecimento técnico muito maior do que real ou, em suas próprias palavras, que “pareciam ter uma boca muito maior do que o cérebro”.
De volta aos noruegueses, ouvimos deles que aprenderam com os norte-americanos a não reproduzir seus erros no gerenciamento de pessoas e no processo de exploração e produção em alto mar. Disse-nos um dirigente sindical norueguês que os “gringos” alegavam um conhecimento técnico muito maior do que real ou, em suas próprias palavras, que “pareciam ter uma boca muito maior do que o cérebro”.
Artigo publicado no informativo Unidade Nacional nº 219 do Sindipetro Caxias, em 06 de janeiro de 2011.
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